11 de outubro de 2011

first love lasts forever.

estava na dúvida se havia de escrever aqui sobre ti, hoje. mas decidi fazê-lo, até porque preciso. hoje na aula de português falei sobre ti. pensei em ti. sabes, já há muito tempo  que eu não pensava em ti, quanto mais falar sobre ti. nunca partilhei muito isto com ninguém. nem mesmo aqui. poucas foram as vezes em que escrevi para ti. lembro-me de o ter feito por causa de um desafio, mas creio que para além disso, só escrevi uma outra vez.
hoje falei sobre ti porque... não sei bem ao certo. acho que principalmente porque precisava que a pessoa que me estava a ouvir soubesse, que eu não estava só a falar da boca para fora, ao dar-lhe conselhos acerca do rapaz de quem ela gosta. nunca partilhei as minhas lágrimas com ninguém, pelo menos, não aquelas que derramei por ti. e acredita que foram muitas, demasiadas até. foste sem dúvida alguma, o meu primeiro amor ( a sério ). foste também aquele que partiu o meu coração, em tantos pedacinhos, que ainda hoje faltam uns quantos. e hoje eu viro-me para a rapariga em questão e digo-lhe: «e sabes uma coisa? é por causa dele que me tornei nesta pessoa fria, que joga muito à defesa no que toca aos rapazes.» e é a mais pura das verdades. posso ter conseguido ultrapassar-te, nunca esquecer-te, isso nunca, mas consegui deixar de te amar. mas ficaram as cicatrizes, e creio que essas serão para toda a vida. não sei explicar ao certo o porquê de, na altura, nunca ter partilhado o meu sofrimento e as minhas lágrimas com as pessoas que me eram mais próximas. lembro-me que acordava todos os dias, com o pensamento em ti, e me deitava todas as noites a pensar em ti. e todos os dias chorava. mas só quando as luzes se apagavam e o silêncio reinava. enrolava-me numa bola humana e assim ficava até cair num sono atribulado de sonhos onde a tua cara se destacava, umas vezes muito claramente, outras nem tanto.
mas durante quase oito meses andei nisto. e só não andei mais, porque tu finalmente deixaste-me em paz, e também porque não te via, de todo. foi a coisa mais difícil que já tive de fazer em toda a minha vida, parar de te amar, de te querer todos os dias ali ao pé de mim, a dizeres-me o quanto eu era bonita, que era aquela que te conseguia pôr a rir até fazeres chichi no chão, que era comigo que querias ficar, independentemente de no final daqueles três meses, partirmos para cidades diferentes. não fazes ideia do que me fizeste, da pessoa em que me obrigaste a tornar. graças a ti, hoje, confiar não é o meu forte. e por isso não me entrego tão facilmente como me entreguei há um ano atrás a ti. hoje reflecti muito sobre este assunto, e cheguei a várias conclusões.
os conselhos que eu dou às outras, não os consegui aplicar em mim. também cheguei à conclusão de que, se tivesse partilhado a minha dor com alguém, talvez não tivesse sido tão difícil. e cheguei também à conclusão de que tenho de tentar baixar a guarda. não posso ficar para sempre com medo de voltar a sofrer da maneira como sofri. porque afinal de contas, sofrer faz parte da vida, assim como amar e deixar de amar e voltar a amar outra vez também faz. concluindo, tu és passado, mas serás sempre o primeiro amor. 
e esse nunca se esquece.


esta era a expressão que eu usava, todos os dias, quando ainda te amava e sofria por ti.
agora, esta é a expressão que vejo na cara das pessoas que me são mais queridas.
e odeio. odeio mesmo

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