14 de abril de 2011

my generation

às vezes penso em coisas que não devia.
basta estar um dia em casa sem nada para fazer, que me vêm todo o tipo de memórias desnecessárias à cabeça.
em tão pouco tempo, o mundo mudou completamente.
a minha vida, o meu mundo, mudou, da noite para o dia.
na maior parte do tempo, não o lamento.
mas depois em dias como estes, em que não se faz nada de jeito, fico com saudades.
saudades não sei de quem ao certo, mas de tudo no geral.
não sei explicar.
não é que eu esteja infeliz com o presente. nada que se pareça! adoro a minha vida de agora, apesar de todos os obstáculos e dificuldades.
mas depois, paro e penso, que antes, as coisas não eram assim, tão complicadas.
era tudo muito mais simples.
é por isto que, por vezes, tenho medo de crescer.
eu olho à minha volta, e sabem o que eu vejo?
um país em muito mau estado.
sabem quem vai ter de o ajudar a erguer-se?
nós. a nossa geração.
eu falo por mim, e acho que a responsabilidade é enorme.
olho para os meus pais, para os pais dos outros, e tudo o que vejo, é um bando de pessoas à rasca.
se eles estão à rasca, como estaremos nós?
por isso, hoje, e só hoje, gostava de poder voltar atrás no tempo e permanecer lá, por tempo indeterminado.
gostava de voltar atrás 1 ano, talvez 2.
porque eu estou com muito medo. estou com medo de que todo o trabalho, todos os sonhos, todos os objectivos que tenho definidos para a minha vida, seja tudo em vão.
tenho medo que nem uma única coisa que eu quero para o meu futuro, se realize.
tenho medo da possibilidade de não vir a ter um bom futuro, o futuro que eu quero.
tenho apenas medo.
porque olho à minha volta e sabem que mais?
isto está cada vez pior.
as probabilidades de todos nós virmos a ter o futuro que queremos, ou apenas um futuro decente, são cada vez menores.

por isso, sim, estou com medo.

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