13 de janeiro de 2012

a escrita e o passado.



sempre amei escrever. nunca foi segredo nenhum para ninguém, muito menos para mim. é a forma como me expresso, é a forma que eu tenho de me relacionar com as coisas e com as pessoas. nunca achei que escrevesse grande coisa, ou com grandes floreados. a maior parte do que escrevo vem apenas de um único lugar, do meu coração e tudo o que escrevo é sentido. mas hoje descobri que até sei fazer umas rimas engraçadas. a poesia nunca foi o meu forte, mas hoje escrevi um poema ao estilo de Florbela Espanca como trabalho de aula e até que me safei. não está nada de especial mas diz exactamente tudo aquilo que eu sinto em relação à confiança que em tempos depositei nas pessoas e à forma como elas a desperdiçaram. vou ser sincera...ao escrever o poema lembrei-me de todos, mas mesmo todos aqueles que me ''traíram''. não apenas em ti, mas também noutras pessoas que me magoaram talvez ainda mais do que tu. a verdade é que, eu posso perdoar mas não posso esquecer. porque se eu esquecer todas as coisas más que as pessoas me fizeram no passado, vou deixar que outras pessoas me façam exactamente essas mesmas coisas no presente e no futuro. e eu não estou disposta a isso. é óbvio que também nunca me esqueço das coisas boas, mas essas servem para me darem força e para me deixarem com uma certa saudade e nostalgia. como todos já sabem, não confio com facilidade. o meu passado não me o permite. mas não faz mal. eu já te perdoei há muito tempo. desejo-te o melhor e quero é que sejas feliz com aqueles que tu sabes que são capazes de te proporcionar essa felicidade. tudo o que aconteceu foram apenas lições de vida. está tudo bem guardado na minha mente e coração. sim, em parte o poema era para ti. digamos que um pedacinho era. mas infelizmente houve mais pessoas em quem eu depositei a minha confiança e que não souberam tirar bom partido dela, pelo menos a longo prazo. mas hoje acredito realmente estar bem com tudo isso. mas nunca irei esquecer. e isso eu não lamento. mas não vejas apenas o ''mal'' que me fizeste. apesar de tudo, também me ofereceste muita coisa boa. e com as coisas más, tornaste-me numa pessoa melhor e por isso acho que te agradeço. não esqueci nada, mas principalmente não esqueço o facto de ter depositado em ti a minha confiança e de a mesma ter sido desperdiçada mais do que uma vez. mas como eu já disse, isso apenas me tornou numa pessoa mais forte, numa pessoa melhor. por isso não lamentes nada, nem do bom nem do mau, que eu também não. há males que vêm por bem, não é assim? e com isto quero dizer que apesar de termos tido os nossos problemas, foram eles que me tornaram nesta rapariga mais madura, mais forte e mais feliz que hoje está aqui. desculpa se te incomodei de alguma forma com o poema, mas na altura não pensei, apenas escrevi o que sentia. mas ainda bem que gostaste do poema. apesar de tudo, obrigada pelo muito que me ensinaste e proporcionas-te. nem tudo foi mau, eu sei isso e tu também...

1 comentário:

  1. Acho que fizes-te bem em fazê-lo, era o que sentias, por isso não tens de te preocupar como é que eu me senti ao ouvi-lo.
    Não creio que haja muito mais a dizer sobre este assunto, acho que o tempo encarregou-se de levar com ele pelo menos o mau senso que por vezes existia. E só posso dizer-te para não voltares a dar confiança a essas pessoas, como acho que já sabes.
    O meu respeito pelo menos, terás sempre.

    (ps: respondi por esta conta, pq n quero meter aqui o outro blog :p)
    bj

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