trust.

não me dou à confiança. não confio com facilidade. quando conheço alguém é mais frequente dar a conhecer a parte de mim que é mais dura e sisuda, do que a parte de mim que é querida e divertida. tenho problemas de confiança, isso está mais do que sabido. mas isso não é culpa minha. culpem todas as pessoas em que eu já confiei e que me magoaram de uma maneira que eu julguei não poder ser possível. culpem as pessoas que eu julgava serem o meu tudo e que afinal eram apenas o meu nada. culpem essas pessoas, não a mim. sabem porquê? porque essas pessoas fizeram com que eu me tornasse numa pessoa desconfiada mas todos os dias eu luto para suavizar esta parte de mim; para limar esta minha aresta afiada. mas essas pessoas? essas pessoas não lutam por mudar. oh não. elas continuam apenas a magoar mais pessoas, a trair a sua confiança. mas a mim não me enganam mais. juro que estou a tentar mudar esta parte de mim. mas tudo leva o seu tempo. e não se esqueçam que há coisas que nunca mudam, não completamente. esta talvez seja uma delas. eu esforço-me, juro que sim. mas vai levar o seu tempo. até lá luto por derrubar este muro que construí à minha volta para deixar entrar quem merece. o pior é se me engano outra vez e deixo entrar todos menos aqueles que realmente merecem. esse é que é o meu medo.